quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A MISSÃO DO DOUTRINADOR

A missão do Doutrinador
Você está lembrado que no item sobre a “Mediunização” nós falamos da diferença entre “alma” e “espírito”. Você já viu também que no escudo dos Doutrinadores iniciados existe um sinal de % Pois bem, meu caro Aspirante, essa é a caracterís­tica fundamental do Doutrinador; a capacidade de se­parar objetivamente os planos vibracionais, saber dis­tinguir o que é da Terra e o que é do Céu.

Não sabemos porque, mas o cunho característico da Civilização atual é essa confusão entre dois cam­pos vibracionais tão diferentes – o plano transitório da alma e o do espírito transcendente. Uma alma é “fabricada” em cada encarnação da mesma forma que o corpo; o espírito “sempre” existiu, é sempre o mes­mo. Cada um deles, a alma e o espírito, se manifes­tam em nosso campo consciencional de formas total­mente diferentes, impossíveis de serem confundidos.

Para que você não pense que estamos falando de “teorias”, faça agora mesmo a experiência; onde quer que você se ache. Tome como teste o assunto que está presente na sua cabeça neste instante, de preferência a parte desse mesmo assunto que exija alguma decisão sua, uma tomada de posição. Com um pouco de habilidade analítica, você irá verificar que existem, para esse assunto, duas posições bási­cas: uma de interesse seu, que irá satisfazer o seu egocentrismo natural, sua necessidade pessoal, isto é, a satisfação da sua alma, e outra que irá contra­riar esses interesses e irritar o seu “ego”; a proba­bilidade mesmo é que essa outra alternativa bene­ficie alguém, mas esse é o lado do espírito! Deu para entender?

Vamos dar um exemplo: Suponhamos que você esteja lendo este manual sentado num ônibus, no caminho entre o Vale e sua casa. Você está cansado, já é tarde e sua preocupação é pagar, amanhã logo cedo, aquela pres­tação da sua TV, que está atrasada. No momento você pensa como irá fazer para completar o dinheiro da prestação e ainda deixar algum com a mulher para a feira.

Nisto você é despertado por uma comoção na parte de trás do ônibus, uma discussão entre o co­brador e uma passageira. Aparentemente os dois discutem porque a mulher não tem dinheiro para pa­gar a passagem e só percebeu isso depois que entrou no carro.

O cobrador quer que ela desça, mas ela alega ser aquele o ultimo ônibus, ser tarde da noite e garante que tinha o dinheiro na bolsa quando pegou o ônibus. O ônibus pára, alguns passageiros reclamam, outros fazem comentários desagradáveis sobre a reputação da mulher, você chega mesmo a ouvir a palavra “vigarista”. Você também se abor­rece e faz o cálculo de quantas horas você ainda vai conseguir dormir, se o incidente não acabar na dele­gacia. E assim a coisa vai esquentando e você con­tinua com seus cálculos.

De repente algo se faz sentir dentro de você. Você começa a se lembrar da Doutrina que recebeu no Templo, da idéia de tolerância e de paciência. Você se levanta envergonhado e vai até o fundo do ônibus. Sem saber bem como, você consegue encer­rar o incidente e ainda dá algum dinheiro à pobre mulher.

Você atendeu à voz do seu espírito, de uma visão mais ampla da vida, um dimensionamento do seu campo consciencional. Se o exemplo não ilustrou o suficiente, trabalhe com sua imaginação que você irá encontrar, na sua própria experiência, os limites entre as vozes do corpo, da alma e do espírito.

Essa é a base da missão do Doutrinador, a de transformar a sua personalidade num instrumento de ação do espírito, ser um intermediário, um Médium, entre os planos superiores e a Terra.

Um comentário:

  1. Excelente! Gostei da parábola para ilustrar, fez com que eu despertasse um pouco mais da minha incompreensão.

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