Até este item temos falado Sol Interior procurando dar uma idéia generalizada de sua estrutura e de seu mecanismo. Omitimos até agora detalhes, que só poderão ser entendidos se forem descritos, no seu relacionamento com outros aspectos do Homem e do Universo. Isso será feito na medida em que formos desenvolvendo os outros itens desta Doutrina Iniciática.
Cremos que facilitará o entendimento de nossos Mestres saber que o organismo físico, o corpo humano, é em tudo uma reprodução do Corpo Etérico, também chamado Corpo Fluídico. Por esse motivo às vezes a mesma linguagem é empregada para designar aspectos de um ou de outro corpo. Por exemplo, a gente usa a palavra “Plexo” no lugar de “Chacra”. Isso porque ambos se situam mais ou menos no mesmo lugar do corpo, com a diferença que o “Chacra” se situa embaixo da pele enquanto que o “Plexo” fica no interior do corpo, parte integrante que é do Sistema Nervoso.
Antes porém de prosseguir, vamos descrever melhor a idéia do que seja o “Neutrôm”, uma vez que essa será a palavra que mais o Mestre ouvirá (e também que usará) no seu aprendizado Iniciático. Para começar com respeito à Ciência, vamos descrever o Neutron como uma das partículas do átomo.
O átomo é composto por um núcleo central (massa) que é rodeado por uma nuvem de partículas sem carga elétrica. Essas partículas se chamam “Neutron”. Além disso ele possui outras partículas, os “elétrons” que, negativamente carregadas se chamam “ânions” e positivamente carregadas se chamam “cations”; a partícula que as carrega chama-se ion.
Naturalmente essa é uma descrição de leigo para leigo, sem maiores detalhamentos.
Feito isso, voltemos à descrição do nosso “Neutrôm” Iniciático.
Como no átomo da Física ele representa uma nuvem, um turbilhão de partículas em movimento, do centro para a periferia e da periferia para o centro (movimento, centrífugo e centrípeto). A periferia em que ele se move não é uma superfície física, isto é, ele não está rodeado de substância ou tecido algum; o que estabelece a periferia onde o Neutrôm se move é uma força gravitacional que o pressiona, o “empurra” de todos os pontos dessa periferia. Esse fato é que estabelece a diferença entre o Neutron da Física e o Neutrôm Iniciático O mesmo nome com diferença apenas na acentuação da última sílaba se deve ao fato de que o princípio é o mesmo: o átomo é o símbolo do Universo, na afirmativa de que o “micro-cosmo” é igual ao “macro-cosmo” na sua estrutura e funcionamento.
Um átomo é bem menor que este ponto. Entretanto a distância relativa, o espaço entre as partículas é tão grande como a distância entre os planetas e estrelas. Sempre porém há um limite, uma circunscrição: no átomo físico seu limite é microscópico; no átomo Iniciático o limite é de acordo com a unidade que está sendo descrita.
No caso do Ser Humano o limite, a barreira é a força da gravidade, pressionando da periferia para o centro, que é resultante do sistema planetário humano: do Eixo Solar para o Macro Plexo e deste para o Plexo Físico – sendo que o Neutrôm irá constituir o Micro Plexo.
Também como no átomo físico, a função do Neutrôm é separar, limitar dois mundos diferentes: o Físico e o Espiritual. Num estado em que se poderia considerar de “normal”, esse turbilhão em perpétuo movimento, está sempre contido na barreira gravitacional; se essa barreira é rompida, se o Neutrôm penetra num ou outro mundo (Físico ou Perispiritual) provoca uma “explosão”, um estado de relativa anormalidade.
Isso acontece na Física, através da manipulação deliberada da intimidade do átomo e acontece também no Ser Humano pela manipulação Iniciática.
Naturalmente deve acontecer também aos corpos celestes pela manipulação dos deuses, dos Mestres Planetários que nós do Vale do Amanhecer chamamos de “Ministros”.
Dentre os “instrumentos dos Espíritos” o Neutrôm constitui uma das principais “ferramentas”. Vamos descrever em seguida, com base nos ensinamentos de Tia Neiva, que os recebeu de Humahan, como age o Neutrôm.
O Neutrôm, ou melhor, o “turbilhão neutrônico” que constitui o nosso Micro Plexo, nossa Alma, produz e permite a existência de certa quantidade de Luz.
Essa luz clareia, ilumina o caminho para nossa mente, de forma a permitir as nossas decisões. Para que nossas atitudes possam ser coerentes com nossa presente posição, na trajetória que fazemos na Terra, o Neutrôm estabelece um limite de percepção.
Isso significa que só temos à nossa disposição urna visão limitada, mas inteiramente suficiente, para tudo que precisamos na presente existência.
Se assim não fosse nós seriamos destruídos pela excessiva complexidade do que na verdade nos cerca. Pois seríamos incapazes de discernir umas coisas das outras. O equilíbrio da mente é proporcionado pelos elementos mais ou menos estáveis que nos são permitidos perceber; temos uma noção de tempo, de espaço, de distância e de movimento; podemos prever mais ou menos o comportamento das pessoas e coisas animadas ou inanimadas; conhecemos relativamente bem o comportamento de nosso organismo, e assim por diante. Em resumo, tudo que precisamos para “viver” está à disposição de nossa mente e seus instrumentos que são os sentidos.
Se porém o Neutrôm é ultrapassado nas suas barreiras, percebemos e registramos elementos que nos levam ao descontrole e ao desequilíbrio, a um estado de anormalidade. Por exemplo: nós vivemos rodeados de Espíritos desencarnados, de formações ectoplasmáticas e miríades de construções energéticas. Esses “mundos invisíveis” existem, se movimentam, atuam e têm as suas leis. Porém entre esses mundos e a nossa percepção existe a barreira do Neutrôm. Para melhor elucidação do que estamos afirmando vamos transcrever aqui um Conjunto Mântrico que nossos Mestres usam ao qual chamamos “Prece do Equilíbrio”:
“Senhor!, faze com que habite em mim a verdadeira tranqüilidade da minha alma;
Não deixe que ela se manche com os vícios do mundo;
Dai-me forças Senhor, para que eu mesmo possa corrigir os meus erros;
Não permita que eu seja joguete das ilusões do mundo;
Pelo pensamento neste instante vou controlar a minha força vital-mental e nenhum pensamento negativo poderá entrar em minha men
Analisando esse “Mantra” poderemos compreender melhor a função do Neutrôm. Vejamos:
“… a verdadeira tranqüilidade da minha alma…” – isso significa que pedimos a Deus que nossa “função neutrônica” esteja e permaneça no seu nível normal;
“… não deixe que ela se manche com os vícios do mundo…” – Nesse caso estamos pedindo que a Força Divina evite que as formas densas das baixas vibrações “manchem” a luz do Neutrôm;
“… dai-me forças Senhor, para que eu mesmo possa corrigir os meus erros…” – nesse caso estamos pedindo auxílio do Alto para que possamos imprimir a direção certa aos nossos pensamentos e corrigir suas distorções;
“…pelo pensamento, neste instante, vou controlar a minha força vital-mental, e nenhum pensamento negativo poderá penetrar em minha mente…” – este último propósito faz com que controlemos, pela nossa vontade, a força vital que emana do plexo físico, e essa energia impregne nossa mente.
Assim vitalizada, a mente se torna impermeável às emanações de baixo teor vibratório. Os pensamentos negativos não podem assim penetrar no nosso “campo mental” e assim conseguimos o equilíbrio.
Frisamos bem a palavra “penetrar” para que nossos Mestres entendam bem o problema:
”Pensamentos” são construções energizadas, eles têm “formas”, e uma vez formados eles “existem” e podem ser percebidos pelo som, pela palavra escrita, etc.
Nós não podemos eliminar sua existência. Mas nós podemos evitar que eles penetrem em nossa mente, mesmo que eles atinjam os nossos sentidos. A gente pode ouvi-los, senti-los, percebê-los, mas não precisamos necessariamente mentalizá-los ou pensá-los, desde que tenhamos, para isso a necessária força vital-mental.
O ônus de nosso livre arbítrio é essa constante luta, essa escolha que temos que fazer a cada segundo de nossas vidas: o teor vibratório das coisas que abrigamos em nossas mentes. Esse teor determina o que somos ou melhor, o que “estamos sendo” a cada momento.
Cremos que com o que foi dito até agora, nós temos os elementos para compreender o que é, em linhas gerais o nosso “Sol Interior”, nossas “Esferas Coronárias” e, principalmente, a função do “Neutrôm”. Isso é apenas um começo, pois nos resta saber muita coisa ainda.
Para maior facilidade no entendimento, vamos, no fascículo seguinte, analisar separadamente as funções mais íntimas do “Micro Plexo” e do “Perispírito”, embora seja difícil falar de um deles sem falar nos outros, pois todos funcionam ao mesmo tempo na “unidade trina” que é o Homem.
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