quarta-feira, 26 de novembro de 2014

OS COBRADORES

Os Cobradores
“Tendes ouvido o que foi dito aos antigos: Não matarás, e quem matar será réu em juízo. Eu, porém, vos digo que todo homem que se irar contra seu irmão será réu em juízo; e quem chamar a seu irmão “insensato” será réu diante do conselho; e quem o apelidar de “Raca” será réu do fogo do inferno. Se, por conseguinte, estiveres ante o altar para apresentar tua oferen­da, e te lembrares de que teu irmão tem queixa de ti, deixa tua oferenda ao pé do altar e vai re­conciliar-te primeiro com teu irmão; e depois vem oferecer o teu sacrifício.

Não hesites em fazer as pazes com o teu adversá­rio, enquanto estiveres em caminho com ele, para que não te vá entregar ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial da justiça, e sejas lançado no cárcere. Em verdade, te digo que daí não sairás enquanto não houveres pago o último vintém” (Mateus, 5, 21-26)

Mãe Yara, a Mentora dos Doutrinadores dos Templos do Amanhecer, nos ensina, que até mesmo uma mistificação pode ser transformada num fato positivo e aproveitável. Nós podemos completar essa lição afirmando, sem medo de errar, que tudo depende de nossa criatividade, de nossa capacidade em tratar as situações de nossa vida iluminados pelo nosso Espírito e sabendo utilizar as energias que ele coloca à nossa disposição.

“Cobrador” é a palavra mais usada e abusada nos meios Mediúnicos. Qualquer situação de atrito que se apresente, em que alguém faça algo que nos desagrade, nós temos a tendência de logo julgar que se trate de um Cobrador Espiritual. Essa generalização é realmente perigosa e pode nos deixar desprevenidos para quando nos encontrarmos com os nossos reais cobradores.

Na verdade “cobrador” é somente aquele Espí­rito a quem nós causamos algum prejuízo deliberadamente e segundo o juízo desse mesmo Espírito. Por esse motivo é que em todas as práticas nos Templos do Amanhecer a gente se refere “àqueles que se di­zem nossos inimigos”, e não “àqueles que são nossos inimigos”.

No emaranhado das relações entre os Espíritos na Terra, na luta pela vida, na agressividade compulsó­ria a que o sistema da Terra nos obriga, é difícil, senão impossível, saber-se quando estamos fazendo um inimigo, a menos que a gente tenha plena consci­ência espiritual de nossos atos. A simples consciência anímica ou física, ou seja a violação do jogo de prin­cípios, costumes e normas vigentes no meio em que vivemos, só irá se constituir em cobrança se o ofendido assim considerar.

Mesmo assim é muito difícil de se conceituar os atos nos quais nós realmente encontramos ou fazemos um cobrador.

Aliás não são os atos que caracterizam a cobrança mas sim o tipo de reação que se passa entre as pessoas quando se encontram. A maioria dos atritos são dissolvidos, pelo próprio sistema humano de ação e reação, sem deixar maiores problemas.

Depois dessa ligeira análise e, com base na expe­riência quotidiana no atendimento do Vale do Ama­nhecer, chega-se à conclusão que “cobrador” mesmo é o Espírito que vem ao nosso encontro “pela Bênção de Deus”, como sempre se expressou Nossa Mãe Clarividente, isto é, aquele que está programado para essa Encarnação, cujo enredo estamos vivendo, porque assim quisemos conscientemente antes de chegarmos à Terra.

Há ainda que distinguir quando o Cobrador é encarnado ou não. Se for desencarnado ele poderá ser um Elítrio, obsessor ou alguma outra das várias condições que nossas antigas vitimas se apresentam para nos cobrar.

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