quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O TEMPLO DO AMANHECER

O Templo do Amanhecer
Se você assimilou as coisas fundamentais que ficaram registradas até este ponto, irá ter con­dições para compreender a função do Templo em seus vários aspectos. Antes, porém, é bom que conheça algo a respeito de templos através dos tempos.
Você sabe agora que nós, no Vale, vemos o Mun­do como algo acima da nossa capacidade de verifi­cação, em termos de “como” e “porquê”. A Huma­nidade não sabe, nem pela Ciência e nem pela Religião, porque o nosso Planeta foi criado ou quando isso aconteceu. Tudo que sabemos é como ele se apre­senta em alguns aspetos físicos e funcionais. Doutrinariamente, nós o vemos como uma espécie de Escola para Espíritos, com as coisas sempre incertas e inseguras, verdadeiros testes permanentes para seus habitantes. Seu passado e as coisas que acon­teceram antes existem para nosso conhecimento em termos de algumas coisas escritas e outras tantas ruínas em pedra. Esses testemunhos são vistos, em cada geração, pela maneira de ver dessa mesma gera­ção, conforme a interpretação do momento.
Nessa altura você estará se perguntando o que terá isso a ver com o nosso Templo, não é verdade? Então procure seguir o nosso raciocínio e irá entender. Assimile a idéia conforme as coisas se apresentem aos seus sentidos. Vejamos o que nos diz o Professor Silveira Bueno no seu “Grande Dicioná­rio Etimológico Prosódico da Língua Portuguesa, Edição Saraiva, 1967″: “Templo – s.m. Igreja, lugar dedica­do ao culto divino. Latim, “templum”, nos tempos antigos, o quadrado descrito pelos áugures (o grifo é nosso) já em terra, já imaginariamente no céu, den­tro do qual observavam o vôo das aves e outros fenô­menos, interpretando-os como favoráveis ou desfa­voráveis segundo a superstição da época”.
A língua latina já existia mil anos antes da vinda de Jesus. Foi nessa língua que se conceituou a pala­vra “templum” que em português se pronuncia “Tem­plo”. A palavra “áugures” significa adivinho ou a pes­soa que adivinha. Conclui-se então, que “Templo” significa um local delimitado no chão e imagina­riamente no céu, isto é, no ar, em cujos limites os fenômenos observados preconizavam as coisas que iriam acontecer, de bom ou de mau. O “quadrado descrito”, isto é, o local indicado, dá a entender que as informações buscadas só seriam encontradas ali e não em outro lugar. Se as aves vinham voando, esse vôo somente significaria alguma coisa no mo­mento em que cruzava aquele espaço acima do qua­drado. Porque?
Tudo indica que naquele pedaço de chão havia algum tipo de força, de energia que diferenciava o espaço acima dele de alguma forma. Por outro lado, as interpretações eram feitas apenas pelos áugures, o que significava que só eles sabiam o segredo ou tinham a sensibilidade para aquele fenômeno sutil. Em nossos dias, fato semelhante é descrito, com riqueza de detalhes, por Car­los Castanheda no seu livro “Viagem a Ixtlan” e ou­tros do mesmo autor.
Resumindo: para operar um “templum” era ne­cessário haver um pedaço de chão com condições di­ferentes e indivíduos também com condições diferen­tes. Transportando esse fato para o Templo do Ama­nhecer, nós temos um pedaço de chão ionizado e pes­soas mediunizadas.
A palavra “íon” significa átomo eletrizado e, embora as propriedades dos Íons sejam cientificamente complexas, nós sabemos que eles são partículas encontradas nos raios solares. O Sol é pois, a fonte da energia que ioniza o Templo. A Lua por sua vez atua em termos de partículas negativas, diga­mos assim, de íons diferenciados dos íons solares. Assim nós temos duas energias básicas concentra­das no espaço do Templo. É lógico que o mesmo fe­nômeno atua sobre toda a superfície do Planeta. No Templo, porém, ele é dirigido, concentrado pela força dos Médiuns.
Conclui-se daí que há uma relação di­reta, entre as energias que chegam de fora da Terra, e a energia que é emitida pelos seres que habitam o Planeta, nesse caso nós os Seres Humanos e, especificamente no caso de nosso Templo, nós os Mé­diuns.
Meu caro Aspirante, procure nos perdoar tanta complexidade para explicar uma coisa tão simples. A razão é que você precisa compreender e assimilar que ser Médium com M maiúsculo é muito mais im­portante do que habitualmente se pensa. O Templo do Amanhecer é uma potente Usina de Energia Cósmica, concentrada num espaço relativamente peque­no e ele não funciona sem os catalisadores que são os Médiuns.
Assimilado isso, você irá começar a entender o simbolismo da Pira que divide o Templo em dois. Chegue perto dela, olhe com atenção e você irá en­contrar claramente representados a Terra, o Sol e a Lua.
A partir desse conhecimento, você ficou sabendo o mecanismo de sua participação na Corrente. No Templo existem energias recebidas do Sol e da Lua e em você existem energias que partem de você mesmo. Da manipulação desses vários tipos de ener­gias é que resultam a cura, a desobsessão e reequilíbrio das pessoas que nos procuram.
Agora vamos percorrer juntos o recinto do Templo, como se você fosse um visitante e estivesse curioso para saber. Antes, porém, vamos falar sobre a Estrela que fica em frente ao Templo (Templo Mãe), chamada “Es­trela de David”.
David foi um Rei de Israel, cerca de 1.000 anos antes da vinda de Jesus. Entre outras coisas, diz a lenda que ele combateu o gigante Golias, munido apenas de uma funda (objeto para o arremesso de pedras). Ele também estabeleceu o Reino de Judá em Jerusalém como Capital, levando a Arca da Aliança.
Naturalmente, as coisas que ele realmente fez se tornaram lendas e alegorias. Mas o fato funda­mental é que ele ficou sendo o autor do símbolo do “Hexagrama” ou seja, dois triângulos equilá­teros cruzados. Para diferenciar os dois triângulos, eles eram entrelaçados. Eles simbolizavam o Bem e o Mal, o Jeovah Preto e o Jeovah Branco, o Positivo e o Negativo. Tudo isso resulta num símbolo mais amplo: a Subida e a Descida do espírito, igual a Invo­lução e a Evolução.
É bom que você saiba pelo menos isso dessa estrela, uma vez que ela está em quase todas as par­tes do Templo, no Escudo do Médium Iniciado e até nos pára-brisas dos carros. Só que a nossa estrela não é entrelaçada e nem mesmo se distingue os dois triângulos. Isso porque a nossa Corrente simboliza a Síntese mais do que a Análise.
Também é bom que você saiba que não foi David quem inventou essa Estrela. Ela sempre existiu na natureza, na formação de cristais e outras coisas. Talvez por isso ela seja um símbolo Eterno. O impor­tante é que você saiba que seu uso pela nossa Cor­rente não implica filiação alguma a outros grupos religiosos ou doutrinários.
Voltemos agora à nossa estrela em frente ao Templo. Nela você verá uma seta atravessada que simboliza Seta Branca e um trecho de uma de suas mensagens:
“… Filhos – O Homem que tentar fugir de suas metas cármicas ou juras transcendentais será devorado ou se perderá como a ave que tenta voar na escuridão da noite…”.
Essa advertência está im­plícita na própria estrela: metas cármicas são o triângulo da descida; juras transcendentais estão con­tidas no triângulo de subida.
Logo em seguida, no anteparo da porta, você encontra o trecho do Evangelho de João 14:06 que diz:
“Eu sou o caminho da verdade e da vida; nin­guém vai ao Pai senão por mim”
Dentre os profun­dos significados dessa frase do Mestre Jesus, nós destacamos o sentido do “EU” ou seja a sede da de­cisão, o centro do livre arbítrio, da responsabilidade individual. Essa é a base da Doutrina do Amanhecer.

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